(12 passas, 12 desejos, um deles podia ser ter dinheiro para não ter que cravar passas ás pessoas, mas enfim.)

«SEJAM REALISTAS, PEÇAM O IMPOSSIVEL»


1- Mais sexo selvagem!
2- Saúde (caminha? Só em dias de festa)
3- Preservativos mais baratos e com sabores decentes!
4- Legalização da cannabis! (deflação de preços também)
5- Algum dinheiro! (Para livros e revistas)
6- Atum!!
7- Felicidade em saquinhos do chinês!
8- Morte dolorosa de Robert Mugabee!
9- Inspiração (é aquela coisa que se segue á expiração e nos permite viver)
10- Liberdade e o Mundo!
11- Saldo no telemóvel!
12- Amigos… (estou bastante satisfeita com estes mas uns novos também se comiam)

Pronto, acho que estão uns itens muito equilibrados, e agora vou partir na cruzada do champanhe!

DESEJO-VOS UM 2009 BRUTAL!!!
O problema dum poema
É invocar sempre um momento
Deixa-lo suspenso no tempo
Memórias que se esbatem para melhor

No verde dum prado vejo a relva á beira rio
Paro as ondas do mar e sorrio
Acredito que será sempre assim
Um fim de mundo imerso em mim
Esquecerei? Jamais.

Porque o que sinto agora
Não é o que senti, não é uma aventura
É algo forte que perdura
Algo que o novo não devora

Nunca acreditei que fosse permanente,
Mas a força desta gente
É o que faz bater meu coração.
Desde lá, agora e para sempre.

MERCY!!!!!
Era uma vez dois meninos que queriam o mesmo pedaço de plasticina. A educadora, que era a mãe do menino rico, decidiu dividi-la. O menino rico ficou com a plasticina mais moldável e colorida. O menino pobre ficou com a parte da plasticina desgastada e já castanha da mistura de cores, tão dura que não dava para fazer boneco nenhum. Na hora do recreio o menino pobre e o menino rico fartavam-se de meter a língua de fora um ao outro. Então o rico pegou numa pedra e acertou no pobre.

De quem é a culpa?

Do pobre porque pôs a cabeça á frente da pedra.

A educadora nada fez porque estava na hora de trocar de turno.
Os pobres todos juram que hão de se vingar do menino rico.
O rico justifica-se dizendo que o pobre tinha piolhos na cabeça e só queria proteger-se.


Fascinante não é?
Ché Bé***

Desculpem o atraso, tive alguns problemas técnicos (não pude aceder á internet porque me estava a empaturrar com tudo o que era bom).

Espero que se tenham divertido a festejar esta época feliz que celebra o nascimento dum carpinteiro que na verdade nasceu em Março, manifestando afecto através de materialismos desnecessários em nome dum velho empregado da Coca-Cola Company.

E depois eu é que sou doida?

Mas vá-lá, desejo-vos sinceramente que sejam muito felizes =)






Stalin is a very good fellow!

Stalin is a very good fellow!

Stalin is a very good fellow!

Nobody can deny!
(or will mysteriously die!)

Feliz 130º Aniversário!
Porque se não fosse a sua conspurcação brutal dos ideias Comunistas, neste momento poderiamos viver num Império de Capitalismo Selvagem sem alternativas viáveis ou qualquer tipo de alternativas de todo!
Viva!
(vá lá, 130 anos depois já está na altura de cortar esse filtrador de vodka incorporado)
»For Mother Land« Ché Bé***
http://www.youtube.com/watch?v=duLds-TZMGw




"Este é o beijo do adeus, cão!!"
Muntadar Al-Zaidi
És o meu heroi!!!!



(No mundo árabe atirar os sapatos a alguém é o derradeiro insulto. Aqui na Europa só temos pena que o animal não tenha ficado com um simbolo da Nike marcado na testa.)



(Just do it.)

Querido Pai Natal
Este ano portei-me bem. Mantive-me longe do álcool, dediquei-me ás drogas leves. Pratiquei o celibato quando a isso fui forçada pelas circunstâncias. Levantei-me todos os dias cedo para ir ás aulas, apesar de raramente lá por os pés. E não ouve uma palavra por mim pronunciada que não fosse a mais pura das verdades, embora tivesse omitido muita coisa.
Venho assim por este meio pedir-te umas coisitas muito fáceis de arranjar para ti, que dás a volta ao mundo numa noite.
¤ Em primeiro lugar quero tempo. Tempo para marrar naquilo que não marrei quando o devia ter feito.
¤ Em segundo lugar sorte, uma dose industrial de preferência.
¤ Em terceiro lugar vontade, esta não é para mim mas para todos os meus colegas que carecem dela todos os dias na hora de se levantar da cama precisamente para ir estudar.
Bem sei que tu és um mestre das petas, das promessas não cumpridas, és digamos o primeiro-ministro do reino da fantasia, quer dizer, ainda hoje estou á espera do raio do pónei!!
Mas este ano vais-me oferecer o que eu quero, tudo bem embrulhadinho com laçinho e tudo. Não costumo fazer isto mas situações desesperadas requerem medidas desesperantes.

Ambos sabemos o que aconteceria que as imagens comprometedoras de ti com o Rodolfo viessem a publico, não era?
Estás a imaginar a carta de despedimento por justa causa da Coca-Cola na secretaria? Estás preparado ver a Popota dividir com a Leopoldina o estatuto de ícone natalício? E estas preparado para a reacção explosiva da Mãe Natal quando souber? A Lapónia ainda é fresquinha, não vais querer dormir na rua…
Portanto faz-me esse favor, não é por mim, é pelas criancinhas que ainda acreditam no Pai Natal, pelas criancinhas que ainda acreditam que podem passar o primeiro ano de faculdade e já agora pelas criancinhas que acreditam numa resolução para o conflito israelo-palestiniano.

Atenciosamente,
Bé_

P.S. E se puderes traz-me alguma sanidade para 2009.
Alegoria…

Era uma vez uma rapariga inocente
Que sempre pensara que o seu inglês era decente
Mas um dia encontrou um cogumelo na floresta
E agora desespera com o tempo que lhe resta

Acontece que o cogumelo lhe pediu uma apresentação
E ela só para ser simpática não lhe disse que não
Pensava que lhe compensaria a falta de assiduidade
Mas nada pode compensar a anunciada barbaridade

Não poderia ela fugir deste engodo, deste Inglês?
Dêem-lhe uma chance, ponham-na no nível três!
Quando ela sair dali só vai saber dizer “HATE”
Quando ela para ali entrar só vai saber Aldrabate

Embola, engana, atrasa, repete
Não sabe, mas não desiste
Cala-se e não standing nada
Que coisa tão triste
Ela está tão lixada!

Lixaded…
Fodaded…
Chumbaded…

Standing? I’m not aldrabating you!

SOS! SOS!!

Vi isto numa estação de comboios e não resisti:




"bem, já que ninguém me diz vou fingir que é para mim e mentalizar-me mesmo de que é verdade e assim sou um bocadinho mais feliz"
(Comentário de Mawena...)






Porque a vida não feita de sonhos, mas de ideias venho por este meio expressar a minha opinião sobre uma matéria, já que no meio em que me insiro não mo é permitido faze-lo. Desde que tenho maturidade suficiente para cultivar o espírito que me tento constantemente construir como pessoa, não cedendo á tentação fácil de dogmas religiosos, pretensões familiares ou ambientais e visões cerradas da cultura em que me insiro. Por outras palavras:

Gosto de pensar por mim.

Será um pecado assim tão grave? Mais do que uma vez me disseram que vozes de burro não chegam ao céu, e esse princípio parece acalmar as mentes mais regressivas que me acatam o espírito com orações ou ameaçam a minha integridade física quando tenho qualquer ideia que não a vigente. Tal como esta:

Mãe, não me sinto portuguesa.

Para além dum berro valente esta inocente afirmação quase me valeu um voo rasante de uma mão aberta em fúria descomedida na minha cara. Se fosse “Sabes mãe, fui apanhada pela bofia a vender droga” ou “Mãe, estou grávida”, isso era perfeitamente normal, mas agora não me sentir portuguesa é que não pode ser. Mas passo a explicar esta postura inconcebível, que não sendo novidade é a minha.

Sinto-me uma cidadã do mundo.

Prego o internacionalismo, a globalização sustentável, a igualdade entre culturas e pessoas. Sejamos francos, os nacionalismos só reforçam as estruturas de poder, promovem conflitos desnecessários, inculcam falsos sentimentos de identidade e aparentemente também actuam ao nível do encéfalo porque impedem as pessoas de o usarem.
Será viável que na época privilegiada em que vivemos, das luzes, do progresso, dos YES WE CAN, nos algemem ao pretexto de que:

“Nasceste em Portugal, vais ser portuguesa. Vais á missa, comes tremoços, chegas sempre atrasado, comes com as mãos, queixas-te muito e não fazes nada e não te atrevas a andar por aí feliz. Carrega a tua cruz. O fado é triste, andar feliz é para os turistas!!”
?
Acho que isto até se torna insultuoso mas quem sou eu para dizer mal, não me sinto portuguesa não é verdade?
Enfim…
E na televisão, a propósito da celebração do 1 de Dezembro, perguntava insistentemente uma jornalista por volta da hora do almoço a uma senhora residente na fronteira:
“A senhora sente-se mais portuguesa ou sente-se mais espanhola?
E ela não sabia responder. Aquela hora devia sentir era fomeca, e não era o alho francês da sopa que a impediria de a comer.

Seja como for há que promover a tolerância. Faço-o e gostaria que o fizessem comigo.

Um dos argumentos atirados pela minha cara progenitora para defender a sua visão redutora foi
“Queria ver se vivesses no Paquistão, lá toda tapada sem poder falar.”
Eu disse-lhe:
Bem se não pudesse falar ao menos pensava:
“Sinto-me uma cidadã do mundo que vive no Paquistão.”

Sim porque de modo algum renego esta cultura que me deu esta língua lindíssima e os deliciosos pasteis de Belém.

(lembrei-me disto a propósito das celebrações do Euro 2004 quando inquiriam transeuntes sobre quais eram os símbolos da pátria e se ouviram pérolas tais como os referidos pasteis, “O Palhinhas” ou “O Cristiano Ronaldo”)
(sejamos francos, não há muita gente que se ajoelhe ao hastear da bandeira, o mesmo já não acontece com o Cristiano Ronaldo…)

Enfim poderia ficar horas a explicar as complexas elações sobre este tema mas não me apetece por agora. Talvez venha a abordar este tópico um dia mais tarde. Por conseguinte deixo aqui uma frase que creio resumir bastante bem a mensagem.

Sou uma cidadã do mundo
que por mero acaso nasceu em Portugal.

Atenciosamente, Ché Bé*
(no seguimento da publicação da resposta a esta carta, achei por bem transcreve-la integralmente)
Caro companheiro do mundo, escrevo-te esta carta á beira mágoa, sem razão palpável aos olhos fechados do mundo material. Hoje todo o meu ser se brilha de felicidade, mas bem sabes tu que a luz só ilumina uma das faces da Lua. Eis o enredo deste pesar, a começar por um prefácio dúbio até para mim. Todas as noites, quando o meu corpo cai de cansaço a minha mente deleita-se a divagar nalgum sitio que não este, de facto um mero reflexo de tudo o que existe e mais ainda. Aí sou leve e sou livre, numa estrada sem fim, por vezes de terra, por vezes de alcatrão, com muito verde á volta. E eu caminho e não chego a parte alguma. Nem sei para onde vou, sei que se não for eu morro, ali e aqui quem sabe. Então toma-me uma aflição e eu corro, corro muito, mas não há locomoção nem tão-pouco movimento, somente paralisia e pânico, e eu fico ali, sem chegar a parte alguma, um semblante triste de peito vazio, sem alma.
Durante muito tempo não compreendi as complicadas elações deste pesadelo freudiano. Que caminho era este?
Apercebi-me que este sonho recorrente era o portal para a minha própria vida, era as reticências com que cobres as tuas obras, algo duma infinitude inalcançável que nos diz algo mágico e profundo que nenhum vocábulo inventado pela Humanidade poderia alguma vez abarcar. E não o percebia. Até que ao escrever as primeiras palavras desta carta sem sentido reparei que as tuas ultimas palavras foram de facto as primeiras. As últimas palavras de um poeta amador estiveram sempre aqui, pedindo perdão por injúrias há muito esquecidas. “Vocês são o ritmo a que bate o meu coração”, citação honesta, deveras caricata devido à proveniência burlesca dum musical. Sentíamos que éramos tudo sem ser ninguém, agora sentimo-nos ninguém sendo muita coisa.
Delírios à parte, houve uma epifania em mim, e soube finalmente a proveniência da minha mágoa. Este caminho não é mais do que a sina, que as tuas palavras encontraram na nebulosidade estranha deste ser incompleto que se diz ser eu. Não sou poeta, não escrevo, logo não sou feliz. Enquanto não embalar uma obra com o meu nome na capa, ou na mera encadernação rota, manual primitiva mas igualmente abençoada, não serei para o mundo e para mim absolutamente nada. Encontras-te ao criar, eu perco-me se não o faço. Ao confessar-te tal concepção, sinto de novo o peso destas correntes, a brutalidade destas amarras, o frio das barras de ferro que não tenho na porta. Respiro e sinto-me de novo, há um último raio de esperança mesmo que não o veja sempre. Este é o ritmo a que bate o meu coração.

Assim te agradeço irmão, por todas as coisas boas, e por me fazeres escrever algo mais que nada. A saudade aperta, o sono desperta, e até á próxima. Traz o teu bloco de notas e dinheiro para um cheese, espero-te na praia.

Kiss Kiss da MisS**


Redigida a 27/10/08